quarta-feira, 9 de abril de 2008

Sexta à noite…


Sexta à noite… Caos completo para quem mora sozinho… Nunca foi problema, mas a solidão às vezes bate forte… E quando menos espero, me vejo sorrindo para as paredes, conversando com minha gata ou mesmo apenas vislumbrando as formas criadas pela névoa do cigarro.
Sem chance de reagir, o silêncio e o breu entram pela janela. Invadem salas e quartos, preenchendo-os e dominando por completo. E ao fundo ecoava suavemente somente os meus passos e as batidas leves do vento balançando as cortinas.
Foi então que alguém apareceu. Inexplicavelmente, entrou em casa, sem eu sentir ou perceber. Aproveitou-se da escuridão, uma dupla perfeita e inigualável. A gata que persegue sua caça, sem medo e de pirraça, corre silenciosamente, atrás de sua vítima.
Um suspiro, e vem o abate, pula e ataca, e agora brinca para só depois devorar. Pego de surpresa, sem camisa, rendido em pleno chão do quarto, presa fácil. O cheiro de vontade toma o ar, e a noite, está apenas começando…
Suas mãos tateiam, puxam e arranham… Minha boca sente o gosto de seu lóbulo, descendo vagarosamente pelos cabelos negros indo ao pescoço, enquanto minhas mãos te despem a blusa, a procura de teus seios… Tua boca, agora marca meu pescoço, enquanto desesperadamente arranca o resto do que visto.
Enfim nus, como viemos ao mundo, apenas em nossos desejos carnais. Jogo-te na cama, e beijo seus seios, apoiado em meus braços, enquanto impetuosa, marca minhas costas, do jeito que gosta.
Deixou-se tomar pelo desejo, segurando em meus cabelos, jogou-me entre suas pernas, me saciando em seu néctar. O quarto é inundado por gemidos agudos, enlouquecidos e carregados de prazer. A caçadora, tornou-se a caça.
O gosto do sexo me desce pela garganta, enquanto enlouquecida e desesperada procura por meu membro, melado e intumescido. Gata faminta, mordiscando cada milímetro, atingindo o fundo da garganta, freneticamente, até se saciar ao leite então concebido.
O desejo, incontrolável, a faz puxar meus ombros, e eu a obedeço, preenchendo o meio de suas pernas. Entre beijos e mordidas, os gemidos agora são de vontade. Os movimentos agora acelerados, imersos em delírios, chega ao êxtase. Seu corpo, meu corpo, ambos trêmulos, paralisados, entorpecidos pelo prazer.
Jogados sobre a cama, cansados, exaustos, satisfeitos… Sua mão acaricia meu rosto, e um beijo acontece. E então, tudo se apaga…
No dia seguinte… Abro os olhos. O relógio mostra o começo da tarde. Estou sozinho, de novo. Da noite anterior, a lembrança de gritos, loucura e prazer… Gostoso de mais…